Mamães, a poucos dias aconteceu a semana da amamentação, em razão disso hoje o Fala, Mãe! vai tratar um pouco sobre o assunto nas palavras da mamãe Renata do blog “Lilata e os gatos”.
A minha amamentação foi bem tranqüila (ahãmmmmm). Desde que engravidei sempre quis amamentar, talvez pelo exemplo que tive em casa, minha mãe amamentou tanto eu, quanto a minha irmã, até um ano de idade ou por causa de tudo que eu lia sobre os benefícios e tal. Então sempre me preocupei em conseguir amamentar o João. Lembro que tinha medo de não ter leite já que antes do parto não tinha qualquer indício de nada como acontecia com outras amigas. Mas assim que João nasceu o leite apareceu e como apareceu!! Nos 3 primeiros dias foi só o colostro mas logo em seguida o leite desceu em abundância, ao ponto de eu desenvolver uma mastite na primeira semana (só quem teve sabe a dor que é). Nunca tive problemas com rachaduras ou fissuras mas fui 3 vezes pra emergência da maternidade com os peitos vermelhos, febre e muitas dores. Sempre tive muuuito leite! Usei as conchas de silicone até o sétimo mês (malditas conchas, chorava e gritava que ia queimar elas depois) e elas estavam sempre cheias. Sujei muitos lençóis, roupas, chão e todos os lugares por onde eu passava com os meus super jatos de leite (e chorei, chorei, amaldiçoei o Ministério da Saúde várias vezes). Agora eu conto de uma forma engraçada mas sempre sofri muito com a excessiva quantidade. Lá pelo oitavo mês decidi que não queria mais amamentar. João nunca pegou chupeta e era totalmente dependente de mim por causa do peito. A pediatra dele até o apelidou de “amigo do peito”. Além de tudo ele ainda era intolerante e eu não podia comer nenhum derivado do leite por conta dele (nem chocolate pra afogar as mágoas). Ele mamava o dia todo e por causa do cansaço o acostumei a dormir na minha cama agarrado no peito. Vocês mamães já devem imaginar o pesadelo que foi tirar todas essas manhas. Amamentei até 1 ano e 1 dia. Não tirei antes por preguiça do processo, porque João sempre teve excesso de peso e realmente não necessitava mais do leite. Eu marcava o dia que ia desmamar e ele arrumava alguma virose. Aí ficava 1 semana só mamando e por causa da imunidade eu desistia de parar de amamentar. Mas estipulei uma data, o seu aniversário de 1 ano. Pra ajudar a manter a decisão, comecei a tomar um remédio e a usar um ácido no rosto que me proibiam amamentar com os seus usos. Aí pronto. Uns meses antes voltei a tomar a pílula comum que aos poucos foi secando o meu leite. Hoje eu me orgulho de ter amamentado todo esse tempo e vejo a importância que essa decisão teve. Além de João ser super saudável eu perdi todo o peso que ganhei na gravidez, e mais um pouco (só que no pós amamentação ganhei tudo de novo e mais um pouco!).
Agora vamos ao depoimento da Renata...
“Em primeiro lugar queria agradecer por ter me escolhido pra escrever aqui no seu cantinho e contar um pouco sobre a minha experiência com a amamentação dos pequenos.
A verdade é que a amamentação, pra mim, nunca foi uma dúvida. Eu sempre soube queria amamentar os meus filhos e, quando engravidei pela primeira vez, esse desejo só intensificou.
André nasceu e começou a mamar....assim naturalmente e sem dramas. Ele não errou a pega, meu mamilo não rachou, meu peito não doeu, não inchou, não empedrou...eu tinha muito leite e ele mamava MUITO. Mamava o dia todo, sempre que tivesse vontade. Desde o primeiro dia, adotei a livre demanda e deu super certo.
Tudo perfeito, lindo e como eu imaginava, sem nenhum contratempo.
Maaaaaaas (sempre tem um mas....rsrsrs) André era um bebê que NÃO DORMIA! Não é que dormia pouco, ele simplesmente NÃO DORMIA! Já viu um bebê com 2 meses de vida acordado de 6h da manhã até 22h?? Esse era o André. Ele não conseguia cochilar, ficava incomodado, chorava muito e então eu comecei ouvir as mais diversas opiniões desencorajando a amamentação.
Começou com "seu leite não é forte", passou por "esse bebê tem fome" e terminou no "faz uma mamadeirona pra ele, que você vai ver como ele vai dormir". E eu, mãe de primeira viagem, super insegura com medo de estar deixando o meu bebê passar fome, conversei com o meu marido e disse que iria desmamá-lo e começar com o leite artificial, só que FELIZMENTE, o meu marido não deixou. Ele me encorajou, me apoiou, me animou, me incentivou e me convenceu de que o leite materno seria, sempre, a melhor opção.
E foi mesmo, é claro. André foi diagnosticado com refluxo super severo e essa era a causa de todo o incômodo. Era por isso que ele acordava tanto e a minha vontade era esfregar na cara de todo mundo que NÃO ERA FOMEEEEEEEEE!! Só que antes que eu tivesse essa oportunidade, ouvi das mesmas pessoas que o leite materno reflui mais do que o leite artificial, então que se eu substituísse, melhoraria o incômodo dele. Mereço????
Tudo isso pra dizer que palpite só serve pra enlouquecer. E olha que eu nunca fui de dar muita bola pra palpite, mas nessa questão específica me pegou de jeito, me fez questionar as minhas escolhas e QUASE me fez desistir de vez!
Então chegou a Mariana e eu já toda espertona e sabichona, sabia que palpite nenhum me faria desistir de amamentar. Que toda a experiência com o André só me deu a certeza de que era o melhor a ser feito e que, dessa vez tudo seria lindo, maravilhoso e delicioso.
E eu estava acostumada com o André que AMAVA o peito e que, se pudesse, passaria o dia inteirinho pendurado nele. O André não apenas mamava, mas ele se confortava, se acalmava e relaxa va no peito.
Só que a Mariana não!!! Eu aqui, toda linda e cheia de leite e a moça nem dava bola.
Ela "usava" o peito única e exclusivamente para se alimentar. Nunca foi de ficar pendurada no peito, não estava nem aí pra livre demanda...o peito lá à disposição e ela mamava só com muita fome e só até saciá-la - e nem um minuto a mais. NUNCA pegou o peito pra se acalmar e ai de mim se tentasse fazê-la adormecer no peito - era escândalo na certa.
Eu nunca imaginaria isso de uma bebê tão gorducha, que nasceu com quase 4 kg, mas ela desmamou sozinha....foi perdendo o interesse até ignorar completamente o meu peito. Até hoje é assim - ela mama só pra se alimentar...não é de brincar com o bico da mamadeira e nem é de mamar fora de hora. Moça bem resolvida essa, não?
Eu amamentei o André até um ano e a Nana até 9 meses e as duas experiências foram incríveis...cada um deles mamou do seu jeitinho, mas os dois receberam através do me u leite todo o amor que eu fui capaz de transmitir!”
Renata obrigada pela colaboração.
Espero que vocês tenham gostado do post e amanhã tem mais!!!
Beijo beijo
5 comentários:
Ju, mais uma vez, obrigada pelo convite!!! :-))
beijos, Re
Lindo texto, não conhecia esta história da Rê e adorei.
Um beijo as duas
Quanto mais depoimentos estiverem disponíveis, mais fácil vai ser encarar a amamentação como ela realmente é - natural e nem por isso livre de problemas, que na maioria das vezes podem ser resolvidos quando se tem a informação correta.
Ótimos relatos!
Foi muito bom ler os textos de vocês. Hoje a Minha Pequenina completa 10 meses e acho que foi o último dia de uma experiência maravilhosa que é a amamentação. Estou triste pois parece que terminou (por livre vontade dela), mas feliz por ter chegado até aqui!!!
amamentar é uma delícia. um dos melhores momentos meu com o meu filhote.
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